Com Lula e Dilma, Educação recebeu mais investimentos e ganhou mais qualidade, da creche à pós-graduação
Uma das grandes prioridades dos governos de Lula e Dilma, a educação brasileira deu um salto de qualidade e começou a construir um caminho de oportunidades e de futuro para todos. O orçamento cresceu fortemente: a despesa empenhada aumentou de R$ 50,6 bilhões em 2002 para R$ 132,3 bilhões em 2015 em valores atualizados pela inflação para 2021, um aumento real de 161,7%, segundo dados do Siga Brasil. A partir de 2015, o orçamento executado pelo MEC caiu 5,9%, chegando a R$ 124,5 bilhões em 2021.
Desde o acesso à creche até a pós-graduação, passando pela escola em tempo integral, as mudanças foram marcantes: revolução no ensino profissional e tecnológico, expansão e interiorização das universidades federais, entrada dos jovens de baixa renda no ensino superior, bolsas de estudo para as melhores universidades do mundo.
Ou seja, nos governos Lula e Dilma, a educação passou a ser uma ferramenta de combate às desigualdades e motor do desenvolvimento. O que antes era gasto tornou-se investimento. Um investimento no futuro do Brasil e dos brasileiros.
Em apenas 13 anos, Lula e Dilma implementaram 504 campi de escolas técnicas, segundo dados do MEC – mais de quatro vezes mais do que fizeram todos os governos anteriores em mais de um século de história, aumentando a rede de 140 para 644 unidades em todo o país. Criaram também 18 universidades federais, 178 campi e o ProUni. O Fies foi ampliado, as taxas de juros reduzidas, e o fiador foi dispensado para os estudantes com renda familiar per capita de até um salário mínimo, estudantes de licenciatura e bolsistas parciais do Prouni. Essas políticas públicas democratizaram o acesso ao ensino superior, e permitiram que um país que levou cinco séculos para ter 3,5 milhões de jovens frequentando universidades, precisou de apenas 13 anos para chegar aos mais de 8 milhões de brasileiros universitários.
Com Lula e Dilma, os professores, perseguidos durante as nefastas gestões de Michel Temer e Jair Bolsonaro, conquistaram piso salarial nacional. O primeiro piso, fixado em R$ 950 em 2009, cresceu 42% acima da inflação até 2016. O Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica garantiu curso superior aos educadores ainda sem graduação. Instrumentos precisos de avaliação, como Ideb (ensino básico) e Sinaes (ensino superior), permitiram aferir qualidade e corrigir deficiências. A educação melhorou em todos os níveis e para todos.
Governos do PT sempre viram o investimento em educação como o melhor caminho para o desenvolvimento. | Foto: Ricardo Stuckert
Antes de ser eleito presidente, os ataques de Jair Bolsonaro a Paulo Freire eram sua maior afronta à Educação Pública. Mas o que já era ruim, conseguiu ficar ainda pior quando ele passou a ter, como gosta de dizer, "a caneta na mão". Foi a partir do seu governo que as universidades começaram a ser chamadas de espaços de "balbúrdia" e os professores viraram "inimigos".
Em plena pandemia, e diante da necessidade de adequar o ensino para o contexto da emergência sanitária, o governo reduziu o orçamento aplicado na educação de R$ 101,3 bilhões em 2019 para R$ 98,6 bilhões em 2020. A necessidade de equipamentos e conexão com a internet para que os estudantes tivessem aulas remotas foi ignorada. Considerando a inflação, é uma redução de 5,7%, R$ 6,4 bilhões a menos. A despesa em 2021 foi 11,7% inferior à de 2014 em termos reais.
Desempenho do país cresceu em ranking internacional
O Brasil foi o país que mais evoluiu no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), entre 2003 e 2012. A prova é aplicada a cada três anos pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e avalia o desempenho dos estudantes de 15 anos em matemática, leitura e ciências. O Brasil cresceu em todas as notas. A evolução, segundo a OCDE, foi por conta da combinação de maior investimento, instrumentos de avaliação e melhores salários para professores.
Presidente Lula e o ministro da Educação, Fernando Haddad, durante cerimônia de inauguração de obras em sete campi de quatro universidades federais do Rio Grande do Sul. | Foto: Ricardo Stuckert
DESTAQUES
Educação básica
Mais creches, mais crianças e adolescentes na escola, mais escolas em tempo integral, mais repasse de recursos com a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
Foram os resultados das políticas dos governos Lula e Dilma para a educação básica.
A taxa de escolarização das crianças de 0 e 3 anos, que era de 11,7% em 2002, segundo o Relatório Educação para Todos no Brasil (2000-2015), chegou a 30,4% em 2016; de 4 a 5 anos, passou de 56,7% para 90,2% no mesmo período; de 6 a 14 anos, de 95,8% para 99,2%; e de 15 a 17 anos, de 81,5% para 87,2%, de acordo com a PNAD Educação 2019.
Durante os governos progressistas, foram cada vez mais crianças e jovens estudando – em escolas cada vez melhores, como demonstra a elevação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Saiba mais sobre o investimento público em educação aqui.
É na primeira infância que se formam as bases para o desenvolvimento físico, intelectual e emocional – e que se começa a atacar a raiz da desigualdade. Para enfrentar o problema desde a origem, os governos Lula e Dilma investiram na construção de creches e pré-escolas e na criação de novas vagas nas unidades já existentes.
Com Lula e Dilma, 8,7¹ mil creches foram contratadas; destas, 3,2 mil foram entregues até o golpe que tirou a presidenta Dilma do poder. Além disso, a partir de 2012, com o Programa Brasil Carinhoso, a cada vaga ocupada por criança do Bolsa Família em creches públicas ou conveniadas já existentes, o governo suplementava em 50% os recursos do Fundeb para o município. A lei que extinguiu o Bolsa Família substituiu esse incentivo por um repasse que só é concedido se o responsável pela criança estiver trabalhando.
¹ Fonte: Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (Simec) / MEC.
No governo Lula, em 2007, foi criado o Fundeb; os repasses da União para o fundo aumentaram de R$ 4,4 bi em 2007 para R$ 17,0 bi em 2015, em valores de 2021. | Foto: Ricardo Stuckert
Educação começa na creche
Garantir a alfabetização de todas as crianças até 8 anos de idade. Este foi o nobre objetivo do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, lançado em novembro de 2012 pelo governo Dilma. O compromisso foi firmado entre governo federal, prefeituras, governos estaduais e do Distrito Federal, com adesão de todas as secretarias estaduais de educação e de mais de 5.489 municípios em 2014, segundo o Ministério da Educação. Pelo pacto, aos 8 anos, todas as crianças devem ter fluência de leitura e domínio de estratégias de compreensão e produção de textos escritos.
Ler e escrever na idade certa é um princípio de cidadania
Melhorar o aprendizado e reduzir desigualdades. Este era o objetivo do Programa Mais Educação, criado pelo governo Lula, em 2007, que ampliou a jornada escolar para no mínimo sete horas diárias. Até 2015, foram mais de 60 mil² escolas com educação em tempo integral nos 26 estados e Distrito Federal – 60% delas com maioria de estudantes beneficiários do Bolsa Família, que contam com menos estrutura material e apoio familiar para fazer as lições de casa. Além das disciplinas regulares, os estudantes contavam com atividades de orientação de estudos, leitura e acompanhamento pedagógico, além de esporte e lazer, comunicação, artes, cultura digital, educação ambiental, economia solidária e criativa, entre outras.
Após o golpe contra a presidenta Dilma, o programa foi modificado pelo governo Temer, e passou a ter um objetivo mais restrito, melhorar a aprendizagem de língua portuguesa e matemática. Em 2019 foi extinto pelo governo Bolsonaro.
² Fonte: Relatório GAIA 2016/ Educação
Criado pelo governo Lula em 2007, o Caminho da Escola leva o estudante aonde a escola está, com segurança e conforto. Durante os governos Lula e Dilma, foram entregues 30,6³ mil ônibus com especificações exclusivas para o transporte de estudantes, sendo 28 mil para o transporte rural e 2,5 mil para o transporte de crianças com deficiência nas áreas urbanas. De 2008 a 2015, o governo federal investiu R$ 4,2 bilhões (em valores corrigidos pela inflação) no programa, que contou também com recursos próprios de estados e municípios e de linha de crédito do BNDES, totalizando R$ 10,0 bilhões.
Mais de 5,4 mil⁴ municípios foram beneficiados pelo programa, que entregou também 933 lanchas e 177 mil bicicletas para garantir o acesso e a permanência dos estudantes na rede de ensino. Outro avanço importante: no governo Lula, os estudantes de creches, pré-escolas e ensino médio da zona rural, antes excluídos, conquistaram o direito ao transporte escolar.
³ Fonte: Relatório GAIA 2016
⁴ Fonte: Relatório GAIA 2016 / Caminho da Escola
Até 2015, o programa Caminho da Escola garantiu ônibus novos para o transporte escolar de milhares de crianças em mais de 5,4 mil municípios. | Foto: Ricardo Stuckert
Toda escola pública pode ter transporte de qualidade
Programa Caminho da Escola impulsiona educação em Minas Gerais
Antes do governo Lula, as creches públicas com crianças de 0 a 3 anos de idade não recebiam repasses federais para alimentação. Lula corrigiu esta injustiça no início do seu governo, e superou outra em 2009, incluindo no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) os alunos do ensino médio. Também a partir de 2009, 30% da alimentação escolar passou a ser obrigatoriamente comprada da agricultura familiar, beneficiando fortemente os pequenos produtores rurais locais e garantindo alimentação mais saudável aos estudantes. Em valores de 2021, segundo dados do Siga Brasil, os recursos destinados à alimentação escolar saltaram de R$ 2,6 bilhões em 2002 para R$ 5,1 bilhões em 2015, um aumento de 95% acima da inflação, beneficiando no ano, 41,5 milhões⁵ de estudantes da educação básica.
Desde que Bolsonaro assumiu o poder, o PNAE vem sofrendo constantes ameaças de desmonte e servido de barganha política para agradar setores do agronegócio. Em 2021, a despesa do PNAE atingiu o menor valor desde 2009, R$ 4,2 bilhões,18% menor que em 2015.
⁵ Fonte: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
Os governos Lula e Dilma construíram uma forte política de combate ao analfabetismo, com o apoio de estados e municípios. O Programa Brasil Alfabetizado garantiu recursos suplementares para a formação dos alfabetizadores e aquisição e produção de material pedagógico, além de alimentação escolar e transporte dos alunos. O resultado destas e outras ações foi a redução do analfabetismo de jovens e adultos: de 11,9% em 2002 para 8,0% em 2015, segundo o IBGE. Na faixa de 15 a 19 anos, a taxa chegou a apenas 0,8%, demonstrando a eficácia das políticas para a educação básica dos governos Lula e Dilma.
Em 2022, um estudo divulgado pelo programa Todos pela Educação, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), revelou que os cortes no setor e o sistemático desmonte das políticas públicas para a educação estão fazendo a educação do país regredir: o percentual de crianças de 6 e 7 anos que não sabem ler e escrever aumentou de 25,1% em 2019 para 40,8% em 2021, atingindo o maior índice de analfabetismo registrado desde 2012.
“Não vai dar certo. Aluno de escola pública é desmotivado”. Esta foi uma das frases mais ouvidas pelo presidente Lula quando, em 2005, decidiu realizar a primeira Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP).
A iniciativa deu tão certo que na 11ª edição realizada em 2015, 18 milhões de crianças e adolescentes, de 47,6 mil escolas de 99,5% dos municípios brasileiros, participaram da disputa por medalhas e bolsas do Programa de Iniciação Científica Júnior, desenvolvido em parceria com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA). O objetivo da Olimpíada é incentivar os estudantes a seguirem carreiras científicas e tecnológicas, para colocar o Brasil no lugar mais alto do pódio.
A Olimpíada da Matemática foi um estímulo ao estudo para milhões de jovens de todo o país | Foto: Ricardo Stuckert
Ajudar a escrever o futuro: com este objetivo, o Ministério da Educação do governo Lula firmou parceria com a Fundação Itaú Social para realizar a Olimpíada de Língua Portuguesa. Em 2014, na sua quarta edição, a Olimpíada recebeu a inscrição de 170 mil turmas de estudantes, disputando as categorias Poemas, Crônicas, Memórias Literárias e Artigo de Opinião, juntamente com mais de 100 mil professores de 46,6 mil escolas da rede pública de todo o país.
A qualidade dos textos surpreende. Veja só os versos do Henrique Douglas, filho de um vaqueiro do sertão do Rio Grande do Norte, e um dos vencedores da edição de 2012, quando tinha apenas 12 anos,: “O sertanejo anseia/ Uma visita em nossa terra/ Faz as honras da casa/ E ansioso espera/ São José intercede/ E o povo reza”.
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Sistemas de avaliação
Ideb comprovou melhoria na qualidade do ensino básico
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007 para medir os avanços na qualidade do ensino, a partir dos dados sobre aprovação e média de desempenho dos alunos em português e matemática. O início da série histórica do Ideb tem como base o ano de 2005, quando foram estabelecidas metas bienais a serem atingidas pelo país, por estados e municípios, e por cada escola. O objetivo do monitoramento foi promover a progressão da média nacional nos anos iniciais do ensino fundamental (primeiro ao quinto) de 3,8 em 2005 para 6,0 em 2022, ano do bicentenário da Independência. Em 2015, este indicador chegou a 5,5.
Estudo divulgado em 2010 pelo Banco Mundial considerou a avaliação educacional brasileira como uma das mais avançadas do mundo. Além do Ideb, destacado no estudo, com Lula e Dilma as avaliações da aprendizagem dos estudantes do ensino básico era realizada também pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), realizado por amostragem das redes de ensino de cada unidade da Federação, com o objetivo de avaliar a qualidade da educação básica e contribuir para a sua melhoria.
"Os pobres vão entrar na universidade. E a porta é o Enem”. Com esta determinação, o presidente Lula transformou o Exame Nacional do Ensino Médio – até então instrumento de avaliação da qualidade do ensino – no passaporte de entrada dos jovens no ensino superior por meio do Sistema de Seleção Unificada – Sisu.
Alternativa ao vestibular, o exame democratizou o acesso ao ensino superior: 97% das universidades federais utilizavam suas notas como mecanismo de seleção em 2016 (Enem 2015).
Leia mais sobre como o Enem revolucionou o acesso à universidade no tópico "Ensino Superior".
Alunos do terceiro ano do colégio estadual Paulo dos Anjos, em Salvador (BA), fazem simulado para o Enem | Foto: Carol Garcia/GOV.BA
Enade foi referência para aperfeiçoamento de cursos
Criado em 2004, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) analisa a qualidade das instituições e cursos, além do desempenho dos estudantes. Uma das principais ferramentas do Sinaes é o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), que avalia o rendimento dos alunos do primeiro e do último ano dos cursos. O Enade, juntamente com a avaliação da instituição em relação a corpo docente, infraestrutura e programa pedagógico, ajudou a construir referenciais que permitiram a definição de ações voltadas à melhoria dos cursos.
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Ensino técnico
Lula e Dilma fizeram mais escolas técnicas do que todos os presidentes juntos
Foi preciso quase um século (de 1909 a 2002) para que o Brasil construísse uma rede de 140 escolas técnicas federais. Lula, em apenas oito anos, fez mais do que todos os presidentes anteriores juntos: criou 214⁶ campi em Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia espalhados por todo o país. Dilma, até 2016, implementou 290 novas unidades, criando ainda mais oportunidades para que os jovens acessem uma formação que facilita a entrada no mercado de trabalho, encontrando bons empregos, e para fazer do Brasil um país cada vez mais desenvolvido e mais justo.
Em 2016 a rede era composta pelos 38 institutos federais, dois Cefets, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná, o Colégio Pedro II e 22 escolas técnicas vinculadas a universidades federais.
⁶ Fonte: Ministério da Educação (MEC)
O esforço não era apenas para gerar empregos, mas para proporcionar a melhor formação em todo o país. Por isso, a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica dos governos Lula e Dilma não apenas cresceu, como avançou para o interior, abrindo trilhas de desenvolvimento Brasil afora, levando o conhecimento para muito além dos grandes centros, formando mão de obra qualificada.
Os cursos eram ofertados com base nas características do setor produtivo local e do mercado de trabalho de cada região. A formação profissional e técnica foi aonde era preciso ir, garantindo melhor acesso a emprego e renda e ajudando a corrigir desigualdades sociais e regionais históricas.
Quem é do interior sabe muito bem. Quem não é, pode imaginar o quanto é difícil deixar a terra natal, a família e os amigos para estudar em outra cidade, em busca de um futuro melhor. Muitos até gostariam de ir, mas por falta de condições acabam abandonando a vocação e o sonho. A expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica dos governos progressistas transformou essa realidade, dando aos jovens a oportunidade de mudar seu destino sem sair de sua cidade, ou viajando poucos quilômetros até o câmpus mais próximo.
Jovens de todo o Brasil viram no Pronatec a oportunidade para conseguir melhores trabalhos | Foto: Divulgação
Além disso, Lula e Dilma também garantiram mais recursos para maternidades com foco em gestação de alto risco
Além da expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, brasileiros de todos os cantos do país contaram com outra grande oportunidade de mudar de vida: o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
Criado em 2011 pelo governo Dilma, o Pronatec contabilizou, até abril de 2016, 9,5 milhões de matrículas em 82% dos municípios brasileiros, 1,7⁷ milhão delas feitas por pessoas de baixa renda, beneficiárias do Brasil Sem Miséria. O Pronatec possibilitou o acesso a dois formatos de cursos: técnicos (de até dois anos), para quem está cursando ou já concluiu o ensino médio, e de qualificação profissional (até seis meses), para trabalhadores que querem melhorar a atuação ou aprender uma nova atividade.
⁷ Fonte: Ministério da Educação (MEC)
Presidenta Dilma Rousseff ao lado dos formandos do Pronatec em Cuiabá (MT). Cerca de 9,5 milhões de pessoas em todo o país se qualificaram pelo programa. | Foto: Divulgação
O caminho do futuro
Entre cursos técnicos e de qualificação profissional, o Pronatec possibilitou o acesso a mais de 800 cursos até 2015. Entre os cursos técnicos, os mais procurados foram de técnico em segurança do trabalho, informática, logística, enfermagem e mecânica. Já entre os de qualificação profissional, com duração entre três e seis meses, os mais concorridos segundo o MEC foram os cursos de auxiliar administrativo, operador de computador, auxiliar de recursos humanos, eletricista, inglês básico e recepcionista.
Apenas em 2015, o Pronatec garantiu 1,1 milhão de matrículas.
Todos os cursos ofertados pelo Pronatec são gratuitos e o estudante recebe livros, uniforme, material para aulas práticas e auxílio para alimentação e o transporte. A oferta atende as demandas regionais por formação de mão de obra, tanto para as demandas do setor produtivo quanto as expectativas dos jovens e adultos atendidos. No Amazonas, por exemplo, o curso mais procurado foi o de técnico em informática, por conta da Zona Franca. No campo, os cursos preferenciais estão na área de viveirista de plantas e flores, passando pela agricultura orgânica, até cursos para operador de grandes máquinas agrícolas e de sistemas de irrigação.
Você Sabia?
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), em 92% das 13,9 milhões de famílias que recebem a transferência de renda, as mulheres são as responsáveis pela retirada do dinheiro. Dessas, 68% são mulheres negras. Em 2015, elas representavam 67% das mais de 1,7 milhão de vagas do Pronatec, na modalidade voltada à população mais pobre.
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Ensino superior
Primeiro brasileiro sem diploma universitário a chegar à Presidência, Lula promoveu uma revolução no ensino superior. Construiu 14 novas universidades federais. Espalhou extensões universitárias pelo interior do país. Implantou o Reuni, ampliando a oferta de cursos e vagas nas universidades federais que já existiam. Em 2005, criou o ProUni, que garante o acesso de estudantes de famílias com menor renda às faculdades privadas.
Dilma continuou a obra de Lula, construiu outras quatro universidades federais e continuou a promover o número de matrículas em instituições de educação superior: de 3,5 milhões em 2002 para mais de 8,03 milhões em 2015, com aumento de 2,5% em relação a 2014, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Toda essa revolução, é sempre bom lembrar, começou com um presidente que tinha apenas o diploma de torneiro mecânico do Senai.
Em 2017, como reconhecimento pelas conquistas de acesso à educação, Lula foi convidado para ser patrono de turma da Universidade Internacional da Lusofania Afro-Brasileira (Unilab), no campus do Malês. | Foto: Ricardo Stuckert
Discurso de Lula na cerimônia de lançamento do Prouni - 2005
Entre 2003 e abril de 2016, segundo o Ministério da Educação, o número de municípios com instituições federais de ensino superior aumentou de 114 para 277. A expansão ampliou e democratizou o acesso à universidade, ajudando a combater as desigualdades regionais com uma arma poderosa: o conhecimento.
A frase acima foi dita pelo presidente inimigo da Educação em fevereiro de 2022. Um mês antes, Bolsonaro havia sancionado orçamento para universidades federais 12% menor do que o reservado às instituições no primeiro ano do seu governo. Os R$ 5,33 bilhões disponíveis para investimentos, manutenção e bolsas estudantis é menor do que os R$ 6,06 bilhões previstos em 2019.
Se você é mais jovem, pergunte aos veteranos: houve um tempo em que as universidades federais não tinham dinheiro para pagar a conta de luz ou comprar papel higiênico. O quadro mudou com o governo Lula, sobretudo a partir do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Com a adesão ao programa, as universidades passaram a contar com volume inédito de recursos para investir na produção de conhecimento. Em troca, ampliaram o número de vagas e criaram cursos noturnos (para quem trabalha o dia inteiro e só pode estudar à noite), entre outras ações que ajudaram a reduzir desigualdades sociais históricas.
Modernização e ampliação do ensino público superior
Os críticos diziam que o nível do ensino ia cair. E que os cotistas, incapazes de acompanhar o ritmo dos colegas, acabariam por desistir de tudo. Anos depois do início de implantação do sistema de cotas sociais e raciais em universidades públicas, no entanto, provou-se que aconteceu exatamente o contrário – a evasão caiu e a qualidade do ensino cresceu. Deu tão certo que virou lei, sancionada em 2012 pela presidenta Dilma. A Lei de Cotas Sociais destina 50% das vagas nas universidades federais para quem cursou integralmente o ensino médio em escolas públicas. Essas vagas são distribuídas entre negros, pardos e indígenas, de acordo com a composição étnica da população em cada estado. Durante os governos Lula e Dilma, a parcela de negros nas universidades praticamente triplicou. Dados do IBGE apontam que, em 2005, apenas 5,5% dos jovens de 18 a 24 anos pretos ou pardos estavam na faculdade; em 2015, esse percentual saltou para 12,8%.
Inclusão universitária por cotas é lei
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) se transformou no principal passaporte de entrada dos jovens no ensino superior e democratizou o acesso à universidade no Brasil. Foi a partir do governo Lula que o exame passou a ser critério também para ingresso no ProUni (programa de distribuição de bolsas de estudo em faculdades privadas), acesso ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e também foi utilizado como critério para o acesso ao Ciência sem Fronteiras (programa de bolsas para intercâmbio em universidades estrangeiras de ponta, que foi extinto pelo governo Temer após o golpe). Em 2015, segundo o Inep, 7,8 milhões de pessoas inscreveram-se no Enem. Infelizmente, a partir da gestão de Jair Bolsonaro, o maior vestibular do país entrou em colapso – resultado direto do desmonte do setor promovido desde o primeiro ano do mandato.
No final de 2021, trinta e sete servidores do Inep, instituto ligado ao Ministério da Educação e responsável pelo exame, pediram demissão. O motivo vai além do corte de orçamento e agrava ainda mais o cenário: assédio moral, desmonte de diretorias, acúmulo de trabalho e pressão.
Presidente Lula durante a 1ª Conferência Nacional de Educação, em 2006. | Foto: Ricardo Stuckert
Criado pelo governo Lula em 2009, o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) se transformou em uma das principais formas de acesso à universidade. A cada edição, as instituições públicas de ensino superior que aderem ao Sisu reservam um número de vagas para os participantes do Enem. O candidato faz suas opções de inscrição dentre as vagas ofertadas em qualquer ponto do país. Ao final da etapa de inscrição, o sistema seleciona automaticamente os candidatos mais bem classificados em cada curso, de acordo com suas notas no Enem. A primeira edição do Sisu, em 2010, ofertou 47,9 mil vagas em 51 instituições. Em 2015, segundo o Ministério da Educação, foram 205,5 mil vagas em 128 instituições.
ProUni
No começo era o sonho, junto com a vocação e a força de vontade. Mas faltava o ingrediente que transforma sonho em realidade – faltava a oportunidade, que veio em 2005, com a criação do Programa Universidade para Todos (ProUni). Segundo o MEC, até o primeiro semestre de 2016, graças ao ProUni, 1,9 milhão de jovens carentes conquistaram bolsas em instituições particulares de ensino superior, 70% deles com bolsa integral, e se tornaram médicos, engenheiros, advogados... Eles reescreveram o próprio futuro, e estão ajudando o Brasil a mudar o seu.
As histórias do ProUni contadas por quem mudou de vida
Além do ProUni, os jovens de baixa renda contaram com outra alternativa para cursar uma instituição de ensino superior privada: o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). Apesar de ter sido criado em 1999, foi somente em 2010, durante o governo Lula, que o Fies passou a ter redução dos juros para 3,4% ao ano, aumento do prazo de carência para 18 meses (contados a partir da conclusão do curso) e a ampliação do prazo de quitação. Também foi dispensado o fiador para estudantes dos cursos de licenciatura, beneficiários de bolsas parciais do Prouni ou com renda familiar inferior a 1,5 salários mínimo.
Em cinco anos, de acordo com o MEC, o número de alunos com apoio do Fies aumentou expressivamente, saindo de 76 mil contratos em 2010, chegando em 2015, a 2,18 milhões de estudantes – muitos deles vindos de famílias com renda menor que um 1,5 salário mínimo por pessoa. O Fies foi mais uma ferramenta que ajudou a transformar em realidade o que antes não passava de um sonho. O Censo da Educação Superior de 2019 mostrou que, em 2016, 65% dos estudantes do ensino superior privado contaram com o apoio das políticas de acesso à educação dos governos Lula e Dilma, via ProUni ou Fies.
Após o golpe que tirou Dilma do poder, o Fies foi enfraquecido e as mudanças no acesso ao programa já alteraram o perfil das matrículas na rede privada de ensino superior.
Fundo garante as melhores condições de financiamento
Graduação ou pós-graduação numa das melhores universidades do mundo não foi apenas um sonho realizado pelos milhares de jovens que foram contemplados pelo Ciência Sem Fronteiras. Foi também uma oportunidade para o desenvolvimento da indústria, da economia e da pesquisa no Brasil. As bolsas foram concedidas em áreas como engenharia, medicina e ciências biomédicas, tecnológicas e da computação. Para participar, era preciso ter feito mais de 600 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em 2014, Dilma lançou o Ciência Sem Fronteiras 2, com mais 100 mil bolsas para jovens que, quando voltavam, traziam novas ideias e experiências. E ajudaram o Brasil a ultrapassar fronteiras.
Em 2015, segundo o MEC, o investimento no programa chegou a R$ 3,7 bilhões. Porém, o Ciência Sem Fronteiras foi mais um alvo do projeto de desmonte das políticas públicas e acabou após o golpe que retirou uma presidenta eleita do poder. Entre 2011 e 2017, foram mais de 104 mil bolsas no exterior e investimento de R$ 13,2 bilhões, um legado sem precedentes para o ensino acadêmico do país e que literalmente morreu em abril de 2017, logo após o PT deixar o governo federal.
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Mais recursos
O investimento dos governos Lula e Dilma na educação cresceu em todos os níveis de ensino. Entre 2000 e 2015, a despesa total das três esferas de governo em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) passou de 4,6% para 6,2%, segundo o Inep. Com Lula e Dilma, o investimento público direto por estudante, considerando a educação básica e o ensino superior, cresceu de R$ 969 em 2000, para R$ 7.237 em 2015. Descontada a inflação, em valores de 2021, o salto foi de R$ 3.453 para R$ 9.834 por aluno, em todos os níveis de ensino, o que representa um crescimento real de 185%. Ou seja, sob Lula e Dilma mais que dobrou o investimento no futuro de cada brasileiro.
Discurso de Dilma sobre os recursos dos royalties do petróleo para educação
O governo Lula aumentou fortemente os recursos destinados à educação básica e melhorou a sua distribuição pelo país, graças ao Fundeb. Em vigor desde 2007, o novo Fundo substituiu o Fundef, que era restrito ao ensino fundamental e à valorização apenas dos professores. O Fundeb, por sua vez, atende toda a educação básica – creche, educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos – e abrange os profissionais da educação como um todo. Formado por recursos provenientes dos impostos e transferências dos estados e municípios, o Fundeb recebe anualmente uma complementação federal, que cresceu de R$ 4,4 bilhões em 2003 para R$ 17,0 bilhões em 2015 em valores atualizados pela inflação para 2021.
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Desmonte
O que nos governos Lula e Dilma era prioridade, a partir do golpe de 2016 virou alvo constante de descaso, escândalo de corrupção e cortes bilionários do orçamento. Fica cada vez mais evidente que o desmonte na educação sob o governo Bolsonaro é um projeto político para impedir o combate às desigualdades e por fim ao legado de inclusão da população mais vulnerável.
Acesso democrático à universidade, expansão e interiorização da rede federal, ensino técnico e qualificação profissional, Enem, ProUni, Fies, lei de cotas. Todas as históricas conquistas na área da educação pública seguem sendo destruídas e atacadas desde que Dilma Rousseff foi retirada do poder.
A queda dos investimentos em educação e o fim dos programas sociais representam bem as consequências do golpe de 2016. O resultado do governo de um presidente que é inimigo da educação se vê na mudança das matrículas nas universidades, nos cortes das bolsas estudantis, na negação da ciência, no enfraquecimento do Fies, do Fundeb, no descaso com a alimentação escolar e no aumento do índice de analfabetismo no país.
Por que os governos de Lula e Dilma investiram tanto em creches?
Porque a creche não serve apenas para dar tranquilidade à mãe que trabalha fora. É na primeira infância que o sistema nervoso está sendo criado, e é aí que se formam as bases para todo o desenvolvimento físico, intelectual e emocional. E é também aí que se forma a raiz da desigualdade: a criança que passa pela creche tem muito mais chances de, no futuro, desenvolver todo o seu potencial humano. Como disse a presidenta Dilma, ao inaugurar uma unidade em Belo Horizonte: "Aqui, começa aquele menino que vai virar físico nuclear, aquela outra que vai ser presidenta da República".
Por que a educação em tempo integral é tão importante?
Em primeiro lugar, a educação é essencial para a quebra do ciclo de pobreza que passa de geração para geração. Quando ofertada em tempo integral, ela fortalece o aprendizado e ajuda a reduzir desigualdades. Quanto mais pobre a criança, menos estrutura de aprendizado ela tem em casa, até pela baixa escolaridade dos pais. O Programa Mais Educação corrige esta distorção, ampliando a jornada para no mínimo sete horas e inserindo atividades de orientação de estudos, leitura e acompanhamento pedagógico (que são obrigatórias), além de esporte, cultura, artes, comunicação etc.
Por que o Governo Lula ampliou a ensino fundamental para nove anos?
Para que a criança comece a estudar mais cedo, aos 6 anos de idade, assegurando assim um maior convívio escolar e mais oportunidade de aprendizagem. O objetivo é que ela esteja alfabetizada aos 8 anos, no máximo, e aos 14 conclua o ensino fundamental.
Por que os governos antes de Lula e Dilma investiram tão pouco no ensino técnico?
Eles alegavam falta de recursos – não apenas para o ensino técnico, mas para a educação com um todo. O Governo Fernando Henrique, por exemplo, aprovou uma lei (9.649/98) que na prática impedia a expansão do sistema federal de educação profissional. Lula e Dilma, ao contrário, construíram em 13 anos mais escolas técnicas que todos os governos anteriores em quase um século, por acreditarem que o ensino técnico de qualidade é essencial para o desenvolvimento de um país. Nos países mais desenvolvidos, para cada universitário existem dez técnicos de alto nível.
O sistema de cotas sociais e raciais nas universidades públicas não prejudica os jovens mais capazes, que conquistam vagas por méritos próprios?
Não. Jovens carentes, sobretudo negros (os mais pobres entre os pobres), têm tanto mérito quanto qualquer outro, mas suas chances de chegarem à universidade pública, onde a disputa por uma vaga é muito acirrada, são muito menores. E por que eles têm menos chance? Por que são menos inteligentes? Não. Porque não puderam frequentar escolas particulares de alto nível, nem pagar um bom cursinho preparatório. Além disso, não podem se dedicar integralmente aos estudos, porque precisam trabalhar para ajudar suas famílias. O sistema de cotas cria oportunidade para os mais pobres provarem seu mérito. E eles estão provando, com rendimento acadêmico igual ou superior ao dos universitários não cotistas.
Portal MEC (Ministério da Educação)
Prouni (Programa Universidade para Todos)
Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego)
Raio-X da Educação Básica (Ministro da Educação, Henrique Paim) Folha de S.Paulo (11/3/2014)
O dia-dia do seu filho na escolar (recomendações para o acompanhamento da vida escolar)
Lula e Dilma implementaram 504 campi de escolas técnicas
Tudo sobre o Piso Salarial Nacional
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Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa)
Relatório Educação para Todos no Brasil 2000-2015
Informativo da PNAD Educação 2019
Lula e Dilma investiram na construção de creches e pré-escolas
Banco Mundial sobre a avaliação da educação brasileira
O uso do Enem pelas universidades
Enade ajudou a construir melhorias para os cursos
Construções de escolas técnicas com Lula e Dilma
Pronatec: 9,5 milhões de beneficiados
O perfil dos beneficiados pelo Pronatec
O Brasil Sem Miséria - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS)
Construção de universidades com Lula
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