“Nosso país tem dado passos significativos na construção de um padrão de desenvolvimento sustentável. É possível um país crescer. É possível que esse país que cresce distribua renda e inclua. E é possível que esse país que cresce, distribui renda e inclui, ele seja um país que conserva e protege o meio ambiente."

Uma das maiores economias do planeta e líder no agronegócio global, o Brasil assume cada vez mais o compromisso de atender a crescente demanda de alimentos, no país e no mundo. Mas não basta produzir mais – é preciso produzir com sustentabilidade. Por conta disso, a pesquisa agropecuária brasileira, liderada pela Embrapa, investe no desenvolvimento de sistemas não apenas eficientes, mas também mais sustentáveis do ponto de vista econômico, social e ambiental.

O Plano Agrícola e Pecuário 2014/2015 fortalece o apoio ao agronegócio sustentável. O limite individual de crédito para a Agricultura de Baixo Carbono é de R$ 3 milhões – independente de outros créditos concedidos – no caso de financiamento para implementação de florestas comerciais. Estão disponibilizados o total de R$ 4,5 bilhões para esta linha específica de crédito.

O Plano Safra 2014/2015 prevê recursos de R$ 4,5 bilhões para financiamento de ações como preservação e recomposição de áreas de preservação permanente e de reserva legal, implantação de sistemas orgânicos de produção agropecuária e redução de desmatamento mediante a ampliação das atividades agropecuárias e agroflorestais em áreas degradadas ou em processo de recuperação.

A Embrapa tem também em seu portifólio de inovações pesquisas na área de agroenergia, como o etanol de 2ª geração (a partir do bagaço e da palha da cana), tecnologias voltadas para a reestruturação de atividades agropecuárias em períodos de estiagem e desenvolvimento de variedades de plantas com resistência genética a pragas.

Entre os feitos mais notáveis da estatal estão a clonagem da bezerra Vitória, primeiro clone bovino da América Latina, em 2001, e o sequenciamento do genoma do café e o desenvolvimento do feijão resistente ao vírus do mosaico dourado, ambos em 2011.

Houve um tempo em que o cerrado era irrelevante para o agronegócio nacional. Servia “só pra fazer distância”, como dizia o povo. O cenário começou a mudar a partir da década de 1970, e hoje, o cerrado responde por 48,5% da produção do país, graças a tecnologias para correção da acidez do solo e a adaptação à região de plantas oriundas de outros biomas.

O Plano Agrícola e Pecuário 2014/2015 prevê a disponibilização aos produtores rurais de R$ 1,7 bilhão dentro do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro), com juros subsidiados de 4% ao ano. Os produtores podem captar até R$ 1 milhão individualmente. O leque de itens financiáveis inclui desde serviços de consultoria até a compra de máquinas e equipamentos voltados à prática da inovação e à adoção de novas tecnologias.