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Lei Maria da Penha acaba com a impunidade e possibilita que agressores sejam presos em flagrante ou tenham prisão preventiva decretada

Lei Maria da Penha acaba com a impunidade e possibilita que agressores sejam presos em flagrante ou tenham prisão preventiva decretada / Foto: Marcelo Casal/ABrEm 1983, a biofarmacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes sofreu duas tentativas de homicídio, ambas praticadas pelo marido. Ficou paraplégica e iniciou uma luta sem trégua pela punição ao agressor, que só iria a julgamento 19 anos depois.  O marido cumpriu apenas dois anos de prisão e ganhou a liberdade. Maria da Penha segue na luta pelo fim da violência contra as mulheres. Luta esta que conquistou um poderoso reforço no  Governo Lula: a Lei Maria da Penha, sancionada em 2006.

Entre outros avanços, a Lei Maria da Penha possibilita que agressores de mulheres em âmbito doméstico ou familiar sejam presos em flagrante ou tenham a prisão preventiva decretada. A legislação aumenta o tempo máximo de detenção previsto de um para três anos, prevê medidas que vão desde a remoção do agressor do domicílio à proibição de sua aproximação da mulher agredida e dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.

Com a Lei Maria da Penha, a violência doméstica deixou de ser tratada como algo banal, que podia ser reparada com o pagamento de cesta básica ou multa. Além da violência física e sexual, a legislação engloba também a violência psicológica, a violência patrimonial e o assédio moral.

 

Programa integra vários eixos estratégicos para conter assassinatos de mulheres
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Uma lei, sozinha, não é capaz de acabar com a violência doméstica, que continua sendo um grave problema no Brasil. Por isso, a Secretaria de Política  para Mulheres entende que as políticas, programas e ações de conscientização, de incentivo à denúncia, de valorização da mulher e da busca pela igualdade de gêneros precisam avançar cada vez mais.

Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), estima-se que entre 2001 e 2011 cerca de 50 mil mulheres foram mortas em decorrência de conflitos de gênero, geralmente por um parceiro ou ex-parceiro.

Para enfrentar esse quadro, o Governo Federal lançou no final de 2013 o programa Mulher, Viver sem Violência. O programa, que receberá investimentos de R$ 265 milhões até 2014, integra diversos eixos estratégicos, como o serviço gratuito de denúncia Ligue 180, a organização dos serviços de coleta de vestígios de crimes sexuais, o Centro de Atendimento às Mulheres nas Fronteiras, as campanhas continuadas de conscientização, as unidades móveis para mulheres em situação de violência no campo, na floresta e nas regiões ribeirinhas e a Casa da Mulher Brasileira.

 

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Uma casa para quebrar o círculo vicioso da violência doméstica
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Casa da Mulher Brasileira terá delegacias especializada, juizados e varas, defensorias, promotorias e equipe psicossocial (psicólogas, assistentes sociais e educadoras)Importante avanço na luta conta a violência doméstica, a Casa da Mulher Brasileira contará com delegacias especializada de atendimento à mulher, juizados e varas, defensorias, promotorias, equipe psicossocial (psicólogas, assistentes sociais, sociólogas e educadoras, para identificar perspectivas de vida da mulher e prestar acompanhamento permanente) e equipe para orientação ao emprego e renda.

A proposta da Casa da Mulher Brasileira, parceria entre Governo Federal, estados e municípios, é acolher, apoiar e libertar a mulher do círculo vicioso da violência doméstica. Os terrenos para a construção das Casas – nos 26 estados e no Distrito Federal – já foram adquiridos pela Secretaria de Políticas para Mulheres, e todas as licitações para construção das estruturas físicas estarão concluídas até o final de 2014.

 

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Aumenta número de mulheres que denunciam a violência no primeiro episódio
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Em oito anos de existência,  o Ligue 180 recebeu 3,6 milhões de ligações. Somente em 2013, foram 532.711 chamadas, que resultaram em 106.860 encaminhamentos para a rede de atendimento. E uma boa notícia: o número de mulheres que denunciou a violência logo no primeiro episódio subiu 20% em relação a 2012.

As estatísticas informam que os autores das agressões são, em 81% dos casos, pessoas que têm ou tiveram vínculo afetivo com as vítimas. Em 62% dos casos, a violência é cometida por companheiros, cônjuges ou namorados das vítimas. Os relatos de 19% das vítimas apontaram como autores das agressões os ex-companheiros, ex-maridos e ex-namorados.

Fonte: Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180/SPM

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Novo formato do Ligue 180 garante acionamento imediato das polícias militares
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Com o novo formato do Ligue 180, ao mesmo tempo que presta orientações à vítima, a central já dá início à apuração das denúncias / Foto: José Cruz/ABrEm março de 2014, a Secretaria de Políticas para Mulheres transformou o Ligue 180 em disque-denúncia. Com o novo formato, as denúncias recebidas são encaminhadas aos sistemas de Segurança Pública e ao Ministério Público de cada estado e do Distrito Federal, agilizando a resolução do caso. Assim,  ao mesmo tempo que presta informações e orientações à vítima, a central já dá início à apuração das denúncias. As ligações são gratuitas e o serviço funciona 24 horas.

Em seu novo formato, o Ligue 180 passou a funcionar com acionamento imediato das polícias militares de todo o país, como já ocorre com situações de tráfico de mulheres e de cárcere privado. Nos atendimentos classificados como urgentes, será feito o encaminhamento direto para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

 

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Aplicativo para celular é nova arma contra violência
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Aplicativo detalha a Lei Maria da Penha e tem ferramenta colaborativa que, alimentada com informações das próprias usuárias, permite mapear locais que oferecem risco às mulheres, em cada cidadeAs vítimas e testemunhas da violência contra a mulher agora podem denunciá-la por meio de um aplicativo para celular, o Clique 180. Lançado em maio de 2014, o aplicativo foi desenvolvido pela ONU Mulheres, em parceria com a Secretaria de Políticas para Mulheres e o apoio da Embaixada Britânica.

Além do acesso direto à Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180), o aplicativo detalha a Lei Maria da Penha, com explicações sobre cada tipo de violência que a mulher possa vir a ser exposta e sugere rotas para o serviço de atendimento mais próximo. Apresenta ainda uma ferramenta colaborativa que, alimentada com informações das próprias usuárias, permite mapear os locais que oferecem risco às mulheres, em cada cidade.

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Unidades móveis vão aonde a vítima está
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Secretaria de Políticas para as Mulheres doou a cada unidade da Federação ônibus equipados, com equipe multidisciplinar, para atendimento emergencial na zona rural / Foto: Marcelo Casal/ABrA dificuldade de acesso aos serviços públicos é um dos principais problemas das mulheres da zona rural. Por isso, a Secretaria de Políticas para as Mulheres doou a cada estado e ao Distrito Federal ônibus adaptados e equipados para o atendimento emergencial, com equipe multidisciplinar treinada para a escuta das denúncias das mulheres e para prestar primeiro atendimento.

As 54 unidades móveis (duas para cada unidade da federação) levam às áreas mais afastadas dos centros urbanos ações de prevenção, assistência, apuração, investigação e enquadramentos legais,  além de palestras e esclarecimentos sobre a Lei Maria da Penha. Fazem parte do programa Mulher, Viver sem Violência e nos seis primeiros meses de circulação realizaram cerca de 1 mil atendimentos.

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