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“O Brasil teve, nos últimos anos, um crescimento de 47% do seu IDHM, ou seja, do seu índice de desenvolvimento humano por município. Quem, como eu, viaja semanalmente para algum município brasileiro, sabe que este resultado é real. Especialmente em relação aos municípios da região Nordeste, mas também houve melhorias nas outras regiões. É muito bom pensar este resultado, mas, melhor ainda, é saber que a educação fundamental, realizada pelos municípios, cresceu 128% e foi a que puxou o IDHM para cima. Ainda há muito por fazer, especialmente porque estávamos em uma situação de penúria social, humana, educacional, portanto, ainda estamos longe do que podemos, mas o avanço é inegável”.
Viviane Mosé, psicóloga, filosófa e especialista em Implementração de Políticas Públicas. Mestre e Doutora pela UFRJ
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“É uma mudança muito interessante que bateu com muita força no Norte e no Nordeste. A retomada do investimento também foi importante, tanto do investimento privado como do investimento público, e a ampliação e interiorização dos investimentos em educação de nível médio e de nível superior, outra mudança brasileira que tem surtido muitos efeitos positivo principalmente no Norte, no Nordeste e também no Centro Oeste. O Nordeste e o Norte lideram as taxas de crescimento do emprego formal dessa década, ou seja, dinamizou a economia e gerou emprego formal. E quem lidera o crescimento do emprego formal são as duas regiões mais pobres do Brasil. E lideram o consumo, essas várias mudanças dinamizaram o consumo. E lideram a redução da pobreza extrema”.
Tânia Bacelar, economista, doutorado em Economia Pública, Planejamento e Organização do Espaço pela Universidade de Sorbonne. Professora do departamento de Geografia da UFPE