“O governo Dilma provocou de fato uma mudança de paradigma: a energia eólica deixou de ser marginal e conquistou um papel de destaque como uma das fontes complementares à energia hídrica (ao lado das termoelétricas a gás, carvão e óleo e da energia nuclear).”
Giorgio Romano Schutte, professor de Relações Internacionais e Economia da Universidade Federal do ABC (UFABC) e membro do Núcleo Estratégico de Estudos sobre Desenvolvimento, Democracia e Sustentabilidade (NEEDDS).
Muitas coisas. Durante os governo Lula e Dilma, só para dar alguns exemplos, o número de áreas de preservação ambiental aumentou em 50%. O desmatamento da Amazônia, que só crescia antes, caiu 79% entre 2004 e 2013. Operações da Polícia Federal combateram o tráfico de madeira e apreenderam mais de 23 mil metros cúbicos do material.
Sete das 12 arenas construídas/reformadas para a Copa do Mundo de 2014 receberam a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) para edificações que atestam a adoção de conceitos de sustentabilidade.
O Mineirão (Belo Horizonte), por exemplo, recebeu uma usina fotovoltaica instalada em sua cobertura, capaz de captar energia solar e transformá-la em energia elétrica suficiente para abastecer 1.200 residências de médio porte. As madeiras retiradas do entorno da obra foram reaproveitadas por artesãos mineiros, na produção de arte popular.
O Mundial de 2014 também foi a Copa das Copas em coleta de resíduos sólidos para reciclagem. Cooperativas de catadores atuaram nos 12 estádios, para a recuperação e separação dos resíduos deixados pelos torcedores durante os jogos. Só em Fortaleza foram coletadas 90 toneladas de resíduos, na arena Castelão, palco dos jogos, e no aterro da Praia de Iracema, onde aconteceu a Fan Fest. A atividade envolveu 350 catadores de 17 instituições.
Os vetos da presidenta Dilma foram fundamentados pela existência de contrariedade ao interesse público e de inconstitucionalidades em parte da nova legislação, tendo sido determinados após consultas aos ministérios do Meio Ambiente, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Desenvolvimento Agrário, do Planejamento, Orçamento e Gestão, de Minas e Energia, da Ciência, Tecnologia e Inovação e das Cidades, além da Advocacia-Geral da União.